Foi numa noite de inverno no sul paraguaio que a imagem da natureza em fúria foi capturada. Mais especificamente, no início da noite do dia 21 de julho de 2008.

De fato, foi um dia muito alegre numa casa de campo, com amigos, onde houve uma boa comida, uma partida de futebol animada e finalmente um jogo de basquete para finalizar bem o dia. Entretanto, não foi possível chegar a um resultado final nesse jogo último, já que o céu limpo pouco a pouco foi gerando nebulosidade anunciando o espetáculo que foi registrado logo mais.

E foi assim… o sol acabou se despedindo ofuscado pela quantidade de nuvens que não deixou o seu esplendor ser visto na sua totalidade. Ainda assim, todos nós sabemos que a natureza nunca nos desaponta e naquele dia não tinha como ser diferente.

Pois bem, a noite estava no seu início quando o petricor anunciava o espetáculo que estava por vir e as primeiras gotas de chuva corroboraram aquele cheiro delicioso. Rapidamente, tanto o volume quanto a intensidade dessas gotas nos agraciou com a benevolência da natureza chamada chuva e por meio dos seguidos trovões era anunciado o fenômeno esplendoroso (e ao mesmo tempo, de extremo perigo): os raios.

Neste exato momento, eu e outros amigos que amam registrar estas paisagens gratuitas que nos são oferecidas, preparamos nossas câmeras para tentar registrar o instante épico da fagulha com seus milhares (milhões) de quilowatts. Foram várias tentativas frustradas, fotos trêmulas ou simplesmente um céu de cor roxa sem maiores brilhos até que finalmente este registro mágico foi fotografado em sua plenitude.

A gratidão de poder viver esta maravilha genuinamente gratuita é amplificada quando o registro realizado nos permite pós-gostar ou pós-reviver (pedindo a devida licença poética para escrever essas expressões) por gerações e gerações. Contemplem…